sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Crônica: - Entre Amigos e Amores - Capítulo XIV

As lágrimas preenchem todo o espaço que meus olhos permitem, e começam a percorrer meu rosto quando não há mais espaço e necessitam transbordar.
O mundo inteiro avisou, até ele avisou, mas eu me recusei a acreditar. Eu o amo tanto... Será possível que nunca vou me apaixonar por alguém que me ame? Por que afinal o cupido sempre acerta apenas a mim e se esquece de acertar meu par? Eu realmente não sei o por quê.
Ele pediu para que eu não lesse. Ele pediu, e isso eu não posso negar. Acontece que eu sou muito teimosa e é claro que eu não lhe dei ouvidos.
Peguei o celular e comecei a ler as mensagens dela.Li e reli todas, e é claro que eu não podia deixar de olhar as datas, logicamente eu não esqueceria desse detalhe tão importante.
É claro que isso me abalou, mas só senti a coronhada em meu peito quando li os intens enviados. Quando vi o que ele escreveu. Quando constatei o que ele sentia, porque isso era o que importava. Tive muita vontade de chorar. Meus olhos se encheram de água várias vezes e eu pisquei muito para secá-los. Eu não queria chorar por ele na frente dele. Teria de esperar até chegar em casa.
Quando há muito tempo ele me disse que estava gostando dela, eu senti meu mundo desmoronar, e como disse, foi muito difícil permanecer em pé. Esse mesmo sentimento veio à tona novamente, e desta vez foi muito bom que eu estivesse sentada.
Eu me senti a mais miserável das mulheres.
A tarde estava bem ensolarada e eu estava com calor. Eu havia chegado lá tão bem! Estava tão feliz! Simplesmente porque eu iria vê-lo. Antes, antes desse incidente desagradabilíssimo, todos estavam me perguntando: "que euforia é essa menina, viu passarinho verde?" e eu respondia: "é, quem sabe eu não vi mesmo", enquando em minha mente fértil eu imaginava um passarinho não verde, mas de olhos verdes, talvez uma calopsita, e saía rindo.
Novamente o que minha mãe me disse sobre alegria se transformar em tristeza aconteceu.
Bastou um conjunto de frases num celular para arrasar com toda a minha alegria.
Finalmente quando cheguei em casa, chorei e chorei muito. E agradeci a Deus por estar sozinha e não haver ninguém para testemunhar isso.
Não foi um choro alto; foi silencioso. Mas mesmo assim foi um choro de desespero. Eu estava completamente sem rumo. Não enxergava nenhum caminho. Não parecia haver solução. Eu o amava. E o amava desesperadamente. Mais que nunca. Esse amor ardia em meu peito, queimava meu coração, e de todas as vezes que me apaixonei, nunca senti uma dor tão forte.
Eu poderia ficar aqui falando e falando mas ainda sim não definiria a dor que senti naquele momento.´
Naquele instante eu era uma borboleta, presa num casulo no topo de uma árvore. Então de repente a árvore é cerrada e o casulo cai num buraco profundo. O casulo se rompe, mas minhas asas estão molhadas e não há nenhuma esperança de voo. Apenas a certeza de que serei uma borboleta que não voa e terei uma vida curta e sombria dentro de um buraco. Traduzindo a situação para meu dia-a-dia: eu sou a borboleta, ele é o horizonte que almejo. Ela é o buraco que culmina toda e qualquer possibilidade de que eu alcance meu tão sonhado horizonte. O horizonte que eu admiro e amo. Ele.
Senti o vazio em meu peito, resultado de um infindável sofrer. Cheguei a desejar ter um controle remoto de minha vida, para clicar em avançar até o momento em que eu estivesse curada. Mas, além disso ser impossível, parecia que isso nunca acabaria.

3 comentários:

  1. deprimente essa parte carol .-. mais eu ADOREI (:

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  2. PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    VC ESTA CADA DIA MELHOR, CONTINUE ASSIM E VC COM CERTEZA IRÁ LONGE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    SAUDADES DE VC!!!!!!!!!DEPOIS APARECE VIU!!!!!!!

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  3. Marcelle, Lucas, Muito obrigada pela visita, continuem acompanhando! Estou felicíssima por terem gostado!!!

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