sábado, 18 de setembro de 2010

Crônica: - Entre Amigos e Amores - Capítulo XVIII - FINAL!

Os sentimentos nunca acabam. Apenas se transformam.
Por quase quatro meses que me pareceram séculos, eu estive presa ao mesmo sentimento. Durantes semanas ele me pareceu a única solução para o que eu sentia. Ele foi minha inspiração, minha motivação. Ele foi meu entusiasmo e minha alegria diversas vezes. Mas as coisas mudam.
O garoto pelo qual eu me apaixonei já não é o mesmo. As coisas mudaram muito do início até o momento. Acho que seja natural o fato de eu me culpar por isso. Talvez seja natural que eu me arrependa de algumas coisas. De que eu me sinta completamente nostálgica ao me recordar de outras. E de que eu chore por um momento.
Mas como eu disse, eu me apaixonei por alguém, e o alguém que eu me apaixonei não é o mesmo de agora. Segundo Heráclito, tudo flui, nada pára, e que ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio: quando voltar lá estarão outras águas, e o próprio ser já se modificou.
Assim como ninguém entra duas vezes no mesmo rio, ninguém age duas vezes da mesma forma, ninguém conquista uma pessoa de duas maneiras diferentes, ninguém é o mesmo sempre.
E conosco não foi diferente.
Aquela magia do início foi se apagando. Apagou-se aos poucos, assim como uma das milhares de estrelas a brilhar no céu. Elas brilham, elas encantam, mas todas têm sua duração definida. Um dia elas vão deixar de ter luz própria, um dia elas vão se apagar e ser apenas mais um corpo celestial invisível a ocupar um espaço no vácuo da imensidão do mundo.
Por mais que ele tentasse ele nunca mais foi o mesmo depois que soube a maneira a qual eu gostava dele. Ele tentava agir naturalmente, ele tentou manter tudo normalmente, mas eu podia ler em seus olhos que ele não se sentia tão a vontade quanto antes.
Talvez no início, ele tenha continuado o mesmo, mas aos poucos ele foi se transformando.
Eu percebia quando nas conversas ou nas ações dele, ele buscava não me desapontar, ao mesmo tempo em que buscava não alimentar nenhuma esperança.
Correr tanto atrás dele também foi um erro. Por mais que parecesse inevitável, eu deveria ter me controlado um pouco mais.
E sobretudo, talvez meu maior erro seja ter sido tão transparente. Ter descrito tão bem tudo o que eu sentia. Embora tudo isso tenha ocorrido naturalmente como já disse.
Não por um único motivo específico, mas simplesmente por meu coração se recusar a sustentar esse sentimento, eu resolvi bani-lo de mim.
Aquela sensação de segurança já não existe mais, e a minha maior necessidade nesse momento é lembrar de que minha vida gira apenas em torno de mim e não dele, lembrar-me disso sempre e não esquecer nunca, para não repetir o mesmo erro.
O amor é um sentimento que não acaba nunca, mas pode ser transformado. Se antes de tudo isso fomos tão amigos, por que isso não pode ser resgatado? Pode ser que eu só precise de um tempo sozinha, eu tempo afastada para que eu não pense mais nele como jamais deveria ter pensado.
Existem outras alegrias além dele. Existe minha própria vida para eu viver.
E eu não preciso consumir minhas energias pensando em alguém que não retribui meu amor.
Espero que ele ainda seja meu amigo, pois nunca deixei de vê-lo assim. E quanto ao fato de eu estar apaixonada, isso não vai continuar, porque não posso mais sustentar isso.
Vou pensar mais em amigos que em amores.
Vou cantar uma música até ficar rouca.
Vou beber milk-shake até vomitar.
Vou dar "tchau" pela janela do carro para as pessoas da rua.
Vou ser muito feliz.
Se não foi com ele, paciência. As coisas não acontecem da forma que a gente planeja. Mas acontecem, então basta esperar a vida acontecer naturalmente.
Espero ter uma noite de sono completa hoje, estou precisando.
Meus pensamentos e minhas decisões têm se alternado muito, mas tenho a certeza de que isso não vai mudar.
Infelizmente ele não foi meu grande amor...
Mas levarei sempre comigo a lembrança de um amigo perfeito, que me confortou tantas vezes, que me fez crescer e me fez tão feliz de várias formas. Que fez eu me enxergar como uma mulher, e que esteve presente em tantas coisas importantes.
Onde quer que eu vá, vou tentar me lembrar apenas disso.
E não há mais o que dizer...



FIM

6 comentários:

  1. ahhhhhh, acabou D:
    que triste, mais final lindo *-* arrasou carol .

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  2. sauhuhsauhauhashuuhas, brigada marcelle! ah, acabou :/
    até eu estou triste, acredita? mas o blog continua... obrigada por ter acompanhado tudo do início até o final, fico muito feliz que tenha gostado. beijos

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  3. lindo carol!!!!!!!!!!!!!!!!paarabens !!!oh to esperando a proxima cronica ok?te amo muito amiga!!!!

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  4. lala!!! brigada amiga! pode aguardar, postarei outra em breve! tbm te amo amiiga beiijooo

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  5. tipo eu não te conheço mais eu achei sua historia muito linda !!!!
    parabéns!!!!!! seu texto fez eu refletir um pouco entre amigos e amores , a diferenciar a amizade com amores !!!!!!!!
    mais também de uma grande amizade pode vir um grande amor só basta ter paciência !!!!!!!
    parabéns !!!!

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  6. Olá Sandra! Adorei seu comentário! Quando escrevi essa história escrevi tudo o que eu sentia e pensava... Não medi palavras. Até eu mesma às vezes reflito sobre amigos e amores. E sim, concordo, de uma grande amizade nasce um grande amor. Estou contente que tenha lido e gostado! Obrigada!

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