sábado, 21 de agosto de 2010

Crônica: - Entre Amigos e Amores - Capítulo IV

Todos os medos e receios anteriores pareceram tolice diante da situação. Nossa amizade continuou a mesma, invicta, após a tão temida conversa. Apesar de não parecer muito, eu sabia que de alguma forma as coisas mudaram, enquanto por outro lado não mudou nada. Mudaram de uma maneira interna, clandestina...
Ele nunca mais mencionou ela em nossas conversas. Isso me deixava feliz, mas eu ficava muito inquieta por não saber mais o que ele pensava sobre ela ou como andava o relacionamento deles. Passei a ter trabalho dobrado para descobrir isso, pois dependia do que as pessoas falavam e tinha de ser discreta para investigar, o que é muito complicado.
O que mais me deixou feliz é que hora nenhuma eu senti que ele estivesse distante de mim, já que isso era o que eu mais temia. Aconteceu que depois de um certo tempo eu já não sabia se me agradava ou não o fato de tudo ser como antes. Fiquei feliz pela atitude dele, que provou que era meu amigo de verdade; embora o fato dele não ter tomado nenhuma atitude demonstrasse que realmente éramos SÓ amigos. O que consequentemente, culminava com qualquer esperança que eu viesse a sentir.
Tive que cogitar mais possibilidades. E se eu viesse a esquecê-lo? E se eu não conseguisse? Eu me encontrava num beco sem saída, porque a única possibilidade que eu conseguia enxergar naquele momento era a de que mais cedo ou mais tarde, nós dois estaríamos juntos.
E para meu coração aflito, não custava nada esperar..

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